A Conape lamenta comunicar o falecimento de Newton de Almeida Menezes

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“Meu amado, meu parceiro, meu amigo, meu tudo, partindo no pro cardíaco sem sofrimento da dor como desejava sua grande equipe médica, deixando muita sabedoria, conhecimento, luta, irreverência e muitos acertos deixando muita saudade e o meu sofrimento deste momento triste e difícil que só o tempo vai diminuir.” (Arilda Vieira Barradas Barradas comunicou, neste domingo, 17/7, nas redes sociais, o falecimento do seu esposo Newton de Almeida Menezes (Petrópolis/1932 — +Rio de Janeiro/2022). Ele era o 2º Vice-Presidente da Conape.

A Conape lamenta muito o falecimento do Sr.Menezes, como respeitosamente era chamado por muitos dos que conviviam com ele na Associação. Era um diretor muito atuante, reflexivo e cheio de ideias. Vários dias da semana estava presente na entidade, no contato com associados e funcionários, nas Assembleias e diversos encontros.

Foi um articulista de primeira, incansável e entusiasta da criação do jornal “Conape Notícias”, no qual contribuiu com artigos em todas as edição (2011 a 2018). Menezes também foi muito presente nas Eleições da Conape, como mesário, entre outras atividades.

Perseguido pela ditadura

Menezes foi um dos muitos empregados da Petrobras perseguidos e presos pela ditadura (1964-1985) em junho de 1970 — acusado de ser guerrilheiro. “De Duque de Caxias — afastado de qualquer círculo de influência, uma viatura me conduziu à noite para a delegacia de Nova Iguaçu. Submetido a ameaças e humilhações, lá permaneci durante três dias aguardando, segundo alegavam, decisão das autoridades”, escreveu em seu depoimento à Comissão Especial de Reparação, SEDH/RJ, em novembro de 2004.

Quando da sua cassação, ocupava o cargo de Técnico de Administração na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), naquele município que tanto amava. A ditadura o perseguiu por seu ativismo junto ao Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias e aos professores da Baixada Fluminense.

Ele sofreu as agruras de ter sido demitido da Petrobras, pela ditadura, em 1964. Ou seja, um dos primeiros empregados cassados pelo regime de exceção. “Demitido por motivo político da Petrobras (Reduc), em 1964, as dificuldades de emprego e trabalho tornaram-se constantes”, declarou no mesmo depoimento.

Cidadão atuante, em diversas frentes (que não cabem neste espaço), Menezes foi um dos fundadores do Grêmio Monteiro Lobato, em 1956, da Escola Regional de Merity; nascido em Petrópolis, foi radicado em Duque de Caxias; um dos fundadores dos jornais “Grupo-Arte e Cultura” e “Tópico – informa esclarecendo”, nos anos 1950. Estudou Ciências Políticas na antiga União Soviética (URSS).

Formado em Pedagogia pela UERJ, foi professor em escolas de Duque de Caxias, e depois empregado da Petrobras, na Reduc, até 1964, quando da perseguição e demissão pela ditadura. No início dos anos 1980, o Sr.Menezes foi anistiado e readmitido na Petrobras em 1985.

Foi Secretário-Geral do Sindicato dos Professores de Nova Iguaçu, que cobria os municípios da Baixada Fluminense.

São muitas as contribuições de Newton de Almeida Menezes, que estará sempre presente entre nós.

Foto: Divulgação.

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