Intitulado “Que futuro nos aguarda?”, sugerimos a leitura do artigo do professor Ariosto Holanda, ex-deputado federal, que trata sobre os rumos da educação no mercado de trabalho.
O Homem sempre procurou na Ciência meios para melhorar a sua qualidade de vida e viver mais. Para isso, ele teve que enfrentar seus três grandes inimigos: a fome, as doenças e as guerras. Pela Ciência e Tecnologia encontrou os caminhos para derrotar esses inimigos.
Se o tempo médio de vida na era das cavernas era 18 anos hoje é 85 anos. As leis da Física tiraram o homem da idade das trevas e lhes mostraram o caminho do renascimento. As revoluções industriais e os serviços que delas surgiram aumentaram a produção, a qualidade dos produtos e lhes proporcionaram melhor expectativa de vida.
A Ciência garantiu a superprodução de alimentos, medicamentos e novos produtos a partir da Física, Matemática, Química, Biologia, Aplicadas na Biotecnologia, Engenharia Genética, Química Fina, Nanotecnologia, Inteligência Artificial etc. Apesar dessas conquistas, ainda temos uma sociedade extremamente desigual.
Neste mundo de abundância, com 7 bilhões de pessoas, 800 milhões passam fome e vivem em extrema pobreza sem os serviços básicos de habitação e saneamento. Em 2017, para desespero do Trump, mais de 60 milhões de pessoas migraram de países subdesenvolvidos para a Europa na busca do seu direito à vida. Some-se a essa triste situação o desemprego que está destruindo o homem.
A persistir a lógica do mercado e não a do desenvolvimento humano as contradições tendem a se agravar com o aparecimento da marginalidade e violência. Temos com urgência que rever e discutir um novo modelo de desenvolvimento.
O que fazer com milhões de trabalhadores cuja força de trabalho é cada vez menos exigida ou nem mais o é? A qualificação profissional e a geração de trabalho são, atualmente, os principais desafios para a promoção da cidadania de milhões de excluídos.
Infelizmente, as nossas escolas, disfuncionais, não atendem nem ao mercado e nem ao desenvolvimento humano. Esquecemos de investir no profissional que faz a diferença – o professor. Defendo a educação como a saída dos nossos problemas.
É oportuna e merece reflexão a frase do filósofo Karl Popper, do livro A Lógica das Ciências Sociais: “Sou partidário da audácia intelectual; não podemos ser intelectualmente covardes e ao mesmo tempo buscar a verdade”.
* Ariosto Holanda é professor.
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