FUP prevê assinar acordo trabalhista 2016 com Petrobras até 31/1; FNP rejeita proposta

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa 13 sindicatos de funcionários da Petrobras, prevê assinar o acordo coletivo de trabalho 2016 com a petroleira estatal em 31 de janeiro, disse à Reuters nesta terça-feira um diretor da federação.

Outros cinco sindicatos de funcionários ligados à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), no entanto, decidiram rejeitar a proposta da empresa, segundo um coordenador da federação.

Em sua última proposta, a Petrobras ofereceu reajuste de 8,57 por cento nas tabelas salariais caso os empregados concordem com a implementação da redução facultativa da jornada de trabalho a partir de abril.

Mais da metade dos sindicatos filiados à FUP já iniciaram as votações e estão aprovando por ampla maioria os indicativos da federação pela aceitação da última proposta da empresa, disse o diretor de Comunicação da FUP, Francisco José de Oliveira.

Uma aprovação completa pelos funcionários é dada como certa.

“Estão todos aprovando por ampla maioria… pode ter certeza que não vai ter surpresa”, afirmou Oliveira.

Apesar da indicação pela aceitação da proposta, Oliveira destacou que o Conselho Deliberativo da FUP vai se reunir entre 30 de janeiro e 1° de fevereiro para discutir as próximas medidas contra o plano bilionário de venda de ativos da empresa colocado em curso para ajudar a reduzir sua dívida.

“Só a luta dos trabalhadores vai fazer o governo compreender que a indústria de petróleo está em crise no mundo… o problema de endividamento da Petrobras é de longo prazo, não é para resolver agora vendendo barato os ativos”, afirmou.

Na FNP, a proposta foi recusada porque a Petrobras propôs a reposição integral da inflação medida pelo indicador ICV/Dieese e não pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), como a entidade pleiteia, disse o coordenador da federação Emanuel Cancella.

Dentre outras questões, Cancella também declarou que a Petrobras não acatou pedido dos funcionários para que não fossem descontados por dias não trabalhados durante a greve de 2015, que durou 23 dias.

Fontes: Extra e Reuters – 24/1/17.

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