Em reportagem publicada no domingo (15/08), o jornal O Globo veiculou resultado de pesquisa que alerta os consumidores para os riscos do pagamento sem senha e dá orientações de como se proteger.
Confira a seguir um resumo da matéria. Ao final há o endereço para a matéria original de O Globo para mais informações. A matéria repercutiu noutros canais de notícias do Sistema Globo, como o “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”.
A carioca Rosângela Duarte levou um susto no caixa de uma lanchonete quando a atendente devolveu o seu cartão já com o comprovante da transação impresso pela maquininha, sem que tivesse digitado a senha.
Na reportagem, Rosângela informou que não pediu para ativar a funcionalidade e que o banco onde tem conta não avisou sobre isto. “… sequer sei o limite de pagamento sem senha. Quero desabilitar, tenho medo de ter um assalto no ônibus e fazerem a limpa na minha conta”, diz ela.
O pagamento por aproximação é a modalidade que mais cresce hoje no Brasil, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito (Abecs). Em junho, foram registradas 112 milhões de transações, número sete vezes maior do que no mesmo mês de 2020, relata a entidade.
A falta de informação sobre a nova funcionalidade, no entanto, chama atenção na pesquisa on-line, com cerca de mil internautas, realizada pelo Procon-PR. Entre os respondentes, 77,4% disseram não ter recebido informação do banco sobre o novo recurso e 76,7% não sabiam o valor máximo para pagamento sem senha.
Como reduzir riscos
Para reduzir riscos, o consultor financeiro Felipe Nogueira pediu ao banco para que limitasse a quatro as operações consecutivas sem necessidade de senha no seu cartão:
— Depois da quarta operação é preciso digitar a senha. Além disso, deixei um limite baixo por operação sem senha e recebo notificação de movimentação pelo celular, qualquer irregularidade imediatamente aviso ao banco.
O acompanhamento em tempo real da conta pelo celular livrou a contadora curitibana Ana Christina Franco de uma tentativa de fraude:
— Parei no posto e quando fui pagar o caixa me informou que não tinha passado na primeira maquininha, foi logo para a outra e fez o pagamento por aproximação. Quando pedi o recibo, disse que não estava imprimindo. Verifiquei no celular e ele havia me cobrado R$ 50 a mais. Ameacei chamar a polícia e me devolveram a diferença.
Confira algumas orientações para maior segurança
Distância: A Abecs informa que a conexão com pagamento se faz a até 4cm de distância entre a máquina e o cartão.
Cuidado: Se seu cartão é novo, provavelmente a função de pagamento por aproximação já está habilitada. Mas é possível desabilitar.
Informação: Apesar de não haver normas específicas para esse serviço, o Banco Central diz que a informação ao consumidor é mandatória, como segurança e acompanhamento de fraudes.
Atenção: Esse tipo de dispositivo exige atenção extra para onde guardar o cartão. A recomendação é não deixá-los em bolsos traseiros, mesmo estando dentro da carteira, para evitar contato involuntário com máquinas. E nunca perder de vista bolsa e carteira.
Limite: Para a operação sem necessidade de senha o limite máximo costuma ser de R$ 200, mas é possível reduzir o valor.
Segurança: Uma orientação é verificar com o banco a possibilidade de limitar o número de operações consecutivas sem senha. Em caso de perda, roubo ou furto, isso reduz o risco de prejuízos.
Notificação: Outra recomendação é adotar sistemas de notificação de compras que podem soar rapidamente o alerta para o caso de operação irregular.
Problema: Em caso de problemas com o dispositivo procure o banco. Se não resolver, registre queixa no “fale conosco” do Banco Central e nos Procons.
Quer saber mais?
Acesse: https://oglobo.globo.com/economia/defesa-do-consumidor/cartoes-por-aproximacao-ja-superaram-100-milhoes-de-operacoes-este-ano-mas-pagamento-sem-senha-tem-riscos-veja-dicas-para-se-proteger-25155585
(Com informações de O Globo)
(Foto: Kampus Production no Pexels)